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Por Natália Escouto e Bruna de Oliveira

Este é um texto protagonizado por Natália Escouto em co-autoria com Bruna de Oliveira. Uma discussão que nos provoca a refletir sobre maternidades negras numa perspectiva histórica em diálogo com saúde. São muitos os caminhos que poderiam ter sido percorridos para essa escrita, especialmente considerando os debates de gênero, raça e classe que atravessam o ato de gerar e criar filhos. Não queremos nos furtar do debate que existem pessoas que gestam. Reconhecemos a urgente necessidade de tratar esse assunto de maneira inclusiva, pois parir não é uma capacidade restrita a mulheres e sim a pessoas com constituição biológica para gestar

Nesse contexto, pais e mães são definições que estão abertas para nossas significações e produção de sentidos que não devem estar atrelados ao ato de gestar e parir em si, mas pelo compromisso de cuidado, carinho, amor e respeito de criar laços e conduzir o desenvolvimento de um ser humano. O que abre alas também para pensar tanto a maternidade quanto a paternidade existente nos cenários de adoção de crianças. Complexo, não? E não tem como esgotar todos esses assuntos em apenas uma escrita. Abrimos esse texto reconhecendo os limites da escrita que está sendo proposta. Vamos apresentar de forma sistêmica a realidade de mulheres pretas mães porque, ainda que muitos outros recortes poderiam ser realizados, ainda são escassas reflexões que evidenciam a complexidade vivida por mulheres pretas durante o período de gestação e criação de sua prole.

E é sobre isso, né queridezas? Permitir a criação de um espaço fértil para estimular reflexões que contribuam na criação de novos imaginários e concretizem outras realidades para a sociedade. Desejamos que esse texto ajude na compreensão acerca das maternidades negras e como criar filhos e filhas negras neste país é uma tarefa árdua quando consideramos o recorte de raça como plano de fundo.

Boa leitura.

Notas da Nati

A primeira informação que você precisa ter antes de começar a ler o texto é que eu, Natália, não sou mãe (talvez desejo ser mãe). O desejo de escrever esse texto se deu da minha perspectiva enquanto filha e uma mulher negra que carrega os impactos gerados pelo Maafa* na minha saúde física, mental e emocional, traços de um passado escravocrata que marcou pra sempre (?) a vida de pessoas africanas em África e nas diásporas.

Quando nós da equipe Crioula nos organizamos para pensar nas pautas do mês de maio, logo me saltou aos olhos o Dia das Mães – que vale lembrar, é a segunda data mais importante para o comércio, segunda data com mais vendas depois do Natal segundo os comerciantes. Essa data além de uma celebração, é uma data de agradecimento e valorização destas mulheres que nos permite propor muitas reflexões.

Simone du Beauvoir afirmou no livro O Segundo sexo: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Teremos a audácia de contrariar a autora, entendendo que quando o tema são mulheres pretas, sim, há uma determinação explícita que emerge desde o nascimento. A socialização feminilizada da mulher a partir da discussão promovida por Beauvior não faz sentido quando olhamos para as marcas existentes nas histórias de mulheres pretas. Resgatamos o questionamento de Sojourner Truth: “E não sou uma mulher?”, pergunta ecoada quando enxergamos as contradições entre os modos de vida e bandeiras de lutas erguidas por mulheres brancas e pretas. 

Antes de escrever este texto, eu Natália lembro dos relatos que me foram contados sobre o seu nascimento, um parto cirúrgico, uma cesariana, por escolha da minha mãe. Uma mulher não negra que gerou uma mulher negra. E sobre o momento dessa experiência de parto e aleitamento eu partilho que nasci de uma cesárea para que minha mãe pudesse fazer a ligadura de trompas, entre meu nascimento e, durante o procedimento, eu fiquei pelo menos 3 horas “sozinha” na maternidade e minha primeira alimentação foi glicose já que minha mãe estava no pós cirúrgico ainda desacordada. Mesmo minha mãe não sendo uma mulher negra e eu sim, nós duas naquele momento vivemos violências que não poderíamos calcular os impactos nas nossas vidas desde então

Fui amamentada exclusivamente até os 6 meses como manda o protocolo, depois disso minha mãe voltou ao trabalho e eu fui alimentada com leite congelado, mistura ou fórmulas lácteas para bebês e comecei a introdução alimentar e logo menos eu apresentei um quadro de anemia. Para que minha mãe pudesse trabalhar eu fui cuidada por uma mulher negra. Depois de um tratamento onde não apresentei mais um quadro tão grave de anemia como dessa primeira vez, mas ainda hoje é um cuidado constante, especialmente porque tenho uma alimentação vegetariana estrita. A maioria dos médicos e enfermeiros que consultei têm uma tendência a não ouvir, ou não dar importância quando pontuo essas ocorrências.

Pensando em todos os detalhes e acontecimentos que passei, sei que é uma realidade tão atual, e escancaradamente atual, principalmente com a chegada da pandemia de Covid 19. Falar sobre maternidade negra, aleitamento e alimentação é um lugar que fala de violência obstétrica, nutricídio e principalmente racismo estrutural. Nesse texto vou compartilhar sobre os impactos destes problemas para a saúde da população negra, principalmente analisando o papel do aleitamento e alimentação para mães e crianças negras no Brasil. E claro, não poderia deixar de falar de questões subjetivas e de saúde mental que perpassam essas pautas.

* Maafa é um termo que refere-se ao holocausto africano, holocausto da escravidão ou holocausto negro. Caracteriza-se enquanto neologismos políticos que se tornaram populares a partir de 1998 usados para descrever a história e os efeitos contínuos das atrocidades infligidas ao povo africano, particularmente quando cometidos por não-africanos, especificamente no contexto da história da escravidão, incluindo o tráfico árabe de escravos e o comércio atlântico de escravos e dito como “presente até os dias atuais” através do imperialismo, colonialismo e outras formas de opressão.

O papel da Mulher Negra mudou?

Para adentrarmos no assunto maternidade negra e alimentação precisamos observar as mudanças sociais que atrelam a mulher negra ao papel de “mulher forte”, “guerreira”, “disponível” entre outros adereços que marcam a vida de mulheres negras há séculos. 

Aqui precisamos tratar essencialmente de questões estruturais do racismo desde o período escravocrata até os dias atuais. Mulheres africanas em situação de escravidão tinham um papel essencial para os senhores de engenho: fabricar mais escravos. São inúmeros documentos que comprovam que mulheres negras eram submetidas a gravides atrás de gravides, gerando 1 filho por ano. Na tentativa de fugir deste crime, aconteciam abortos, fugas e infanticídeos para que o trabalho da mulher negra não fosse interrompido.  Impossibilitadas de criar seus próprios filhos, elas eram babás e amas de leite dos filhos de seus patrões.

Vivemos outros tempos pós abolição, mas os papéis sociais não mudaram só se tornaram legalmente aceitos. Em 2020 presenciamos a morte do Menino Miguel – sua mãe, Mirtes Santana, empregada doméstica da família Corte Real que precisou levar o menino para o trabalho, já que no auge da pandemia de Covid-19 não havia creches disponíveis. Cumprindo ordens da patroa Sarí Corte Real, Mirtes precisa passear com o cachorro da patroa e nesse período seu filho Miguel morre após cair do nono andar do prédio. Miguel estava sob os cuidados da patroa.

Antes escrava, ama de leite, hoje diarista, empregada doméstica, babá, auxiliar de cozinha. Após a abolição ficou escancarada a problemática do mito da democracia racial, e apesar de não mais vivermos legalmente num sistema político econômico escravocrata as condições sociais, econômicas e políticas da população negra brasileira continuam semelhantes a 130 anos atrás. A humanidade, a maternidade e afeto são negados a mulheres negras.

Jurema Werneck expõem no artigo Racismo Institucional e Saúde da População Negra que a luta a diretos básicos para a população negra é antiga e só ocorreu legalmente através da manifestação intenção de movimentos socias como o Movimento de Mulheres Negras e o Movimento Negro. Neste artigo publicado em 2016, Jurema nos mostra que o racismo estrutural e institucional são os maiores aceleradores da morte de pessoas negras e compartilha a escassez de material científico direcionado à saúde da população negra brasileira, principalmente à saúde da mulher negra.

Saúde da Mulher Negra: heranças genéticas, marcadores sociais e econômicos

Em 2009 foi criada pelo Ministério da Saúde brasileiro, Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) que reconhece e assume a necessidade da instituição de mecanismos de promoção da saúde integral da população negra e do enfrentamento ao racismo institucional no SUS. Na terceira edição do documento (2017) ele traz informações sobre as doenças genéticas ou hereditárias mais comuns na população negra, além de dados socioeconômicos.

As doenças mais comuns na população preta são:

Anemia falciforme — Doença hereditária, decorrente de uma mutação genética ocorrida há milhares de anos, no continente africano. A doença, que chegou ao Brasil pelo tráfico de escravos, é causada por um gene recessivo, que pode ser encontrado em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra.

Diabetes mellitus (tipo II) — Esse tipo de diabetes se desenvolve na fase adulta e evolui causando danos em todo o organismo. É a quarta causa de morte e a principal causa de cegueira adquirida no Brasil. Essa doença atinge com mais frequência os homens negros (9% a mais que os homens brancos) e as mulheres negras (em torno de 50% a mais do que as mulheres brancas).

Hipertensão arterial A doença, que atinge de 10% a 20% dos adultos, é a causa direta ou indireta de 12% a 14% de todos os óbitos no Brasil. Em geral, a hipertensão é mais alta entre os homens e tende ser mais complicada em negros, de ambos os sexos.

Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenaseAfeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Apresenta frequência relativamente alta em negros americanos (13%) e populações do Mediterrâneo, como na Itália e no Oriente Médio (5% a 40%). A falta dessa enzima resulta na destruição dos glóbulos vermelhos, levando à anemia hemolítica e, por ser um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, é mais frequente nos meninos.

Falando sobre a saúde da mulher negra, os dados mostram que mulheres negras são as que menos fazem pré-natal, as que menos fazem exames, as mais jovens, as mais pobres e na maioria das vezes mães solo. Em dados que observam a taxa de mortalidade materna em 2012, o percentual era de 60% para mulheres negras, mortes que poderiam ter sido evitadas.

Quando falamos sobreViolência Obstétrica estamos falando sobre um conceito que mostra como o parto antes um ritual natural e feminino se tornou um procedimento cirúrgico da obstetrícia dando o protagonismo para o homem-médico, que antes era da mulher.

Violência obstétrica destaca-se por ser um tipo específico de violência contra a mulher, é considerada uma violação dos direitos das pessoas grávidas em processo de parto, que inclui a perda da autonomia e decisão sobre seus corpos, além de compreender o uso excessivo de medicamentos e intervenções no parto, como a realização de práticas dolorosas e desagradáveis que não possuem embasamento científico.

Para mulheres negras os resultados das pesquisas mostram que elas são maioria dos casos de depressão pós parto, vinculam-se menos à maternidade para o parto, recebem poucas orientações e fazem um pré-natal com menor número de consultas e exames, a pesquisa também verificou que 25% das mulheres ficaram sem acompanhantes durante toda a internação para o parto.

Correlacionando as doenças não transmissíveis que prevalecem na população preta precisamos destacar que nós somos a população que mais sofre com a insegurança alimentar. É imprescindível que entendamos a Insegurança Alimentar não só como a falta de alimentos ou o não acesso a alimentos. O mais assustador é quando a insegurança alimentar é substituída por alimentos ricos em nutrientes e vitaminas, por alimentos mais baratos e de menor qualidade nutricional, com mais gorduras saturadas, açúcar, sódio e calorias como é o caso de alimentos processados e ultraprocessados.

Nesse momento precisamos entender que mulheres negras são as que mais trabalham na informalidade, com salários baixos, em situações de vulnerabilidade social, muitas vezes sendo chefes de família responsáveis financeiramente por toda a família sozinha. A mesma situação de uma mulher escravizada que não tem o direito de cuidar, alimentar e amar seu próprio filho para se alimentar e ter afeto pelo filho dos patrões acontece hoje em dia.

Aleitamento e Nutricídio

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Guia Alimentar da População Brasileira, os bebês devem receber exclusivamente leite materno até os 6 meses. Mas a realidade é outra, segundo pesquisas do Enani (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil).

Amamentação em 2020:

  •  45,7% das crianças recebem exclusivamente leite materno até os seis meses
  • Para 53,1% dos bebês de até 1 ano o aleitamento era feito de forma complementar à alimentação

O estudo também em consideração a licença maternidade e a volta ao trabalho de mulheres com trabalhos formais e informais e neste caso o desmame acontece ainda mais cedo. 

Lembramos da importância do leite materno e da amamentação para o combate à desnutrição, e doenças infecciosas da primeira infância, diminui os riscos de, no futuro, a criança ter doenças como obesidade, hipertensão e diabetes tipo 1, também diminui a ocorrência de depressão pós-parto.

Um movimento que surgiu nos Estados Unidos chamado Black Breastfeeding Week (Semana de Amamentação Negra) foi criado em 2012 e foi inspiração para psicóloga Fernanda Lopes e pela pediatra Tiacuã Fazendeiro criarem a Semana de Apoio à Amamentação Negra #SAAN. O objetivo do projeto Amamentação Negra é incentivar e apoiar mães negras no processo de amamentação, principalmente no quesito representatividade

Em entrevista ao projeto Nós, mulheres da periferia Fernanda e Tiacuã falam sobre o uso de fórmulas nutricionais para bebês, destacando o assédio da indústria alimentícia, a falta de profissionais qualificados para orientar as mães, a falta de infraestrutura para amamentação e armazenamento de leite em creches e as dificuldades da licença maternidade (atualmente de 4 meses garantida por lei), e a impossibilidade de parar por conta de trabalhos informais de muitas mulheres. 

Como vimos ao longo do texto, são várias questões que precisam ser discutidas além de interseccionar gênero, raça e classe. Bruna de Oliveira, nossa nutricionista, fala no texto “Nossos pratos vêm de longe: a alimentação brasileira numa afroperspectiva” sobre trazer as mulheres negras para o centro do debate já que somos nós que alimentamos a população brasileira como cozinheiras, mercadoras, amas de leite,….Nossos saberes e tecnologias usados para nutrir outro povo que não o nosso, e à nós migalhas. Construindo material para este texto me deparei várias vezes com mães negras destacando os desafios e responsabilidades de parir uma pessoa negra nesse mundo. Ao mesmo tempo que assusta, visto as atrocidades que acontecem diariamente com nosso povo, somos também portais e ferramentas de mudanças para um futuro melhor para nossos filhos.

Anin Urasse, mulherista afrikana e profissional da saúde, traz no seu blog “Pensamentos Mulheristas” reflexões sobre maternidade e ancestralidade, compartilhando sobre os desafios de ser uma mulher africana em diáspora e perceber a complexidade que é estar no ocidente e descolonizar, resgatar suas tradições e suas origens.

Notas da Bru

Idealizar a maternidade é um grande equívoco. Infelizmente, nem todas as mulheres vivem a gestação porque desejam, planejam ou sonham. Os dados apresentados demonstram como uma fase que merece tamanha atenção, cuidado e respeito é violada historicamente na vida de mulheres negras. A capacidade de gestar é considerada divina para muitos povos africanos, é lamentável que tantas mães pretas brasileiras enfrentem tantos problemas diretamente associados ao racismo estrutural e sistêmico.

Nem todo mundo vive uma gestação de milhões como a diva Rihanna. Como tudo na vida de uma mulher africana em diáspora, gestar de maneira digna e saudável é resistência e revolução! 

Felizmente, encontro-me em estado de graça à espera do meu menino Inácio. Desde novembro de 2021, quando vivi a surpresa de saber que era morada de um ser humano, tenho vivido com muita presença e compromisso o meu gestar. O sentimento de plenitude me invade, sinto a potência da criação e uma conexão com a Mãe Terra que jamais pensei que fosse possível.

Sou abençoada de integrar uma comunidade de pessoas que estão celebrando esse momento. Um sonho que carrego desde a adolescência, ser mãe sempre foi um projeto de vida pra mim. Busco não romantizar esse momento, especialmente frente a todo o contexto socioeconômico de violação que muitas irmãs vivem. Justamente por isso, celebro a bênção de ter condições de acolher esse momento da melhor maneira possível. Tenho tido um ótimo acompanhamento de pré natal na rede pública de saúde, estou formando uma família junto ao meu companheiro com muito amor e camaradagem, estou cercada de amizades e familiares que se colocam como rede de apoio ativa nesse momento.

Os desafios são muito, mas minha história é uma exceção. As bandeiras de luta pelo parto humanizado e um processo de gestação saudável e adequado são direitos que devem ser garantidos a todas as pessoas que gestam. Neste dia das mães, desejo força às irmãs que sofrem e adoecem num momento tão potente e que deveria ser mágico e inspirador. Minha gestação é de milhões não pela minha conta bancária o a ampla audiência do meu trabalho. É de milhões porque há uma realidade material que me permite desfrutar do melhor que esse momento me oferece, especialmente, considerando toda a ancetralidade e saberes que estão associados a esse momento numa perspectiva africana de entender o maternar.

Aspiro que possamos gestar e construir futuros melhor para o nosso povo, futuros que comecem desde a concepção desses seres solares que merecem paz, sucesso e prosperidade nessa vida. Feliz dia.

Acesse conteúdos para nutrir seu sol sobre o tema das maternidades negras: 

LIVES

Igbaya – Amamentação Negra – Refletindo sobre as marcas da maternidade negra: violência obstétrica, amamentação e racismo

 #PapoNinja – Tainá de Paula e Juliana Alves falam sobre mulheres negras e os desafios da maternidade

Saúde Mental Materna UFRJ – Mulheres Negras, maternidade e violência: desafios para o cuidado em saúde mental

NEABI – Núcleo de estudos Afro-brasileiros e indígenas UFOP – Mulheres negras: Maternidade e o mundo do trabalho

DOCUMENTÁRIO

A Dor Reprimida: violência obstétrica e mulheres negras

Uma em cada quatro brasileiras que deram à luz já foi vítima de violência obstétrica. O tratamento hostil, seja na hora do parto, do pré-natal, do puerpério (pós-parto) ou numa situação de aborto é ainda mais comum entre mulheres negras e de periferia. “A dor reprimida: violência obstétrica e mulheres negras” propõe um debate sobre o tema, partindo de depoimentos de mulheres e profissionais que vivenciaram este conjunto de atos desrespeitosos, abusos, maus-tratos e negligência contra as mães. O documentário é o resultado do Trabalho de Conclusão de Curso da jornalista Mariana Sales de Oliveira pela Facom (UFBA).

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REFERÊNCIAS:

Amamentação Negra Site Disponível em https://amamentacaonegra.com.br/

FERREIRA, V. M. Mãe preta, estudo sobre o índice de violência obstétrica entre as mulheres negras. Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (COPENE), 2018. UFU Disponível em https://www.copene2018.eventos.dype.com.br/resources/anais/8/1532453580_ARQUIVO_CopeneMG.pdf

Insegurança alimentar prejudica tratamentos e agrava saúde da população negra. Notícia site Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais, 21 de outubro de 2021. Disponível em https://www.medicina.ufmg.br/inseguranca-alimentar-prejudica-tratamentos-e-agrava-saude-de-populacao-negra/

MARQUES. G.O. Violência Obstétrica Contra Mulheres Negras. Universidade LaSalle, Canoas. 2021 Disponível em https://svr-net20.unilasalle.edu.br/bitstream/11690/1969/1/gomarques.pdf

MINISTÉRIO DA SAÚDE Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), 3ª edição, 2017. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra_3d.pdf

Por que precisamos de uma Semana de Apoio à Amamentação Negra? Entrevista Nós, mulheres da periferia. 25 de agosto de 2021. Disponível em https://nosmulheresdaperiferia.com.br/por-que-precisamos-de-uma-semana-de-apoio-a-amamentacao-negra/

WERNECK, J. Racismo Institucional e Saúde da População Negra. Saúde Soc. São Paulo, v.25, n.3, p.535-549, 2016 Diponível em https://www.scielo.br/j/sausoc/a/bJdS7R46GV7PB3wV54qW7vm/?format=pdf&lang=pt