Confira os assuntos dos trabalhos sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais no anais do último Congresso Brasileiro de Agroecologia
Quer submeter trabalhos sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANC no próximo Congresso Brasileiro de Agroecologia – CBA e não sabe por onde começar? Eu te ajudo: dê uma espiadinha nos trabalhos compartilhados no último congresso em 2017!
Sim, este é o ano do próximo Congresso Brasileiro de Agroecologia! Será realizado entre os dias 4 e 7 de novembro em Sergipe. Aproveitando que o prazo de submissão de trabalhos está aberto até o dia 5 de julho, resolvi resgatar as contribuições nos painéis de discussão que ocorreram no último evento sobre as PANC, nos Anais disponibilizados pela Associação Brasileira de Agroecologia – ABA em agosto de 2018.
O CBA anterior marcou o ano de 2017 em Brasília. Com uma programação integrada a outros dois grandes encontros (o VI Congresso Latino-americano de Agroecologia e o V Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno), o CBA 2017 teve como tema “Agroecologia na Transformação dos Sistemas Agroalimentares na América Latina: Memórias, Saberes e Caminhos para o Bem Viver”. A Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia) e a Sociedad Latinoamericana de Agroecología (SOCLA) e uma imensa rede de parceiros realizados os eventos que pulsaram pelos eixos brasilienses.
Este ano, o tema do CBA é tão incrível quanto os anteriores! Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares é a temática que permeará todos os dias deste evento que é um momento de encontro que fortalece, consolida e avança as bandeiras de ancestralidades, soberania alimentar, educação popular, agrobiodiversidade, reforma agrária, feminismos e demais assuntos que permeiam a agroecologia.
Foram 10 trabalhos encontrados na busca pelo termo ‘não convencionais’ com diferentes abordagens entre si. Vamos a eles:
// TEMA GERADOR 4: Educação em Agroecologia
| Operação taioba: o uso de plantas alimentícias não convencionais (PANC) e da agricultura urbana na construção do senso agroecológico de escolares da rede pública de São Leopoldo, RS | link
// TEMA GERADOR 5: Construção do Conhecimento Agroecológico
| I Jornada sobre plantas alimentícias não convencionais do estado do Rio Janeiro: expressões da socialização de conhecimentos entre a academia e a sociedade | link
| Narrativa midiática e difusão sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC): contribuições para avançar no debate | link
| Estudo sobre consumo de hortaliças não convencionais no município de São João del-Rei / MG: uma abordagem em busca de valores esquecidos. | link
// TEMA GERADOR 6: Campesinato e Soberania Alimentar
| Reconquista de sementes crioulas e plantas alimentícias não convencionais no assentamento Dênis Gonçalves, Zona da Mata Mineira | link
| Agricultura familiar como agente de desenvolvimento regional por meio do cultivo e comercialização de hortaliças não convencionais em Minas Gerais | link
// TEMA GERADOR 7: Conservação e Manejo da Sociobiodiversidade e Direitos dos Agricultores e Povos e Comunidades Tradicionais
| Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Território do Sisal | link
| Horto didático da UTFPR Câmpus Pato Branco: unidade demonstrativa de plantas alimentícias não convencionais | link
// TEMA GERADOR 9: Manejo de Agroecossistemas e Agricultura Orgânica
| Incidência de fitoplasmas em plantas alimentícias não convencionais no Brasil | link
// TEMA GERADOR 12: Estratégias Econômicas em Diálogo com a Agroecologia
| A importância das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCS) para a sustentabilidade dos sistemas de produção de base ecológica | link
É possível perceber como o termo Plantas Alimentícias Não Convencionais desperta distintas possibilidades de práticas em diferentes territórios. Ouso dizer que o termo poderia pleitear um tema gerador próprio, ou, no mínimo, que a questão de agrobiodiverisidade e disponibilidade alimentar – estratégias locais de abastecimento (quem sabe… estou pensando alto aqui…) poderia ganhar uma temática própria para que essa rede de pessoas, organizações, coletivos e instituições formadoras se encontrassem de uma forma mais coesa e não esparça a tal ponto que não conseguimos identificar quem são esses atores que participam ativamente da notoriedade do tema das PANC no cenário alimentar do país.
A defesa por uma temática nesse sentido dá-se não o número de trabalhos em si. Não obtive a tempo de escrever este texto o número total de trabalhos apresentados no CBA em Brasília, mas certamente, chegou a mil. Bem, mesmo com hipótese de que 1% dos trabalhos trouxe esse termo para seu relato científico, destaca-se as numerosas abordagens utilizadas com o recorte dessas plantas que já tem povoado as mentes inquietas da comunidade acadêmica ligada aos temas de agroecologia.
Essa publicação tem o objetivo de conectar pessoas. Conectar que escreve com quem lê e visse e versa; Conectar diferentes locais que podem estar fazendo ações muito semelhantes e sentem-se isolados ou sozinhos nesse caminho de popularização das PANC. Conectar pesquisadores e pesquisadoras da área, independente se você é formado ou não, construção de saberes coletivos está no encontro, na partilha, na cooperação. Vamos aproveitar a próxima temática deste importante evento para pensar em como mostrar a importância das reflexões e práticas do cultivo ao consumo dessa biodiversidade alimentar que se apresenta pelo acrônimo desses alimentos.
Quem vamos escrever trabalhos para o próximo congresso? Os trabalhos com um (*) tem participação minha. Caso você se interesse pelo tema e for ler, comenta aqui o que achou do relato científico sobre as narrativas midiáticas das PANC no Brasil e o relato de experiência sobre a ‘Operação Taioba’ – projeto de educação alimentar e nutricional com PANC no município de São Leopoldo/RS.
Vamos nos encontrar em Sergipe, gente! Será lindo demais poder conhecer pessoas que, assim como eu, estão desbravando as possibilidades teóricas e práticas do trabalho com as PANC!