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Hoje faz 10 dias que eu estou com 26 aninhoooos! E como eu sou uma empolgadinha com aniversários não posso deixar de compartilhar meus sentimentos em relação a esse fato! Como sempre, eu vivi de maneira muito alegre e festiva meu recomeço de ciclo. Acho que é assim que tem que ser mesmo, muita celebração e partilha pelas experiências que temos a cada volta completa que damos no sol. Eu sigo com aquele sentimento que não estou pronta para ser adulta, que não estou segura das coisas que tem acontecido, mas ainda assim, vou vivendo. Pensar que 26 é uma idade que está “no meio do caminho”: nem 20, nem 30, nem jovem, nem velho… é muito estranha essa constatação!

Pessoalmente falando, ser jovem adulta é muito mais difícil que ser adolescente. Porque você segue com a mente confusa, mesmo que menos impulsiva, mas agora é tu por ti, afinal, já “é alguém nada vida”, já é “gente grande”. Mas assim como ninguém te ensina a ser adolescente, ninguém te dá o caminho das pedras da vida adulta. Ninguém te avisa das inseguranças do cotidiano, dos conflitos que vão além do grêmio ou movimento estudantil e das idealizações da fase anterior que não se materializam. Como conseguimos, vamos trilhando caminhos, conhecendo novas paisagens e se acostumando com essa realidade diferente.

Tô chamando esse meu momento de solitude compartilhada. Estou com todos, mas estou comigo mesma. Estou na teia da vida e vou dançando as músicas do ambiente, mas tem algo em mim tocando também. O legal disso, é que talvez eu sempre tivesse uma canção interna, uma melodia só minha, mas eu não conseguia distinguir e achava que dançar com os outros a música dos outros era seguir o meu ritmo. Que doce descoberta ouvir os meus ecos, me movimentar com os meus tons e perceber que ao me deixar conduzir por essa dinâmica eu não estava me descompassando do(s) espaço(s) que eu pertenço. E não somente não estou fora da sincronia como consigo deixar mais plural toda a cantoria.

Com 26 anos eu estou vendo a beleza da solitude, a beleza de reconhecer os meus compassos e a beleza de, nesse processo, transbordar. Que essa sinfonia siga pulsante por mim, por meio de mim, com os outros e para o outros. Que eu celebre os muitos transbordes de todos e todas que me cercam e que nunca falte música para conduzir nossas histórias.